A diáspora africana na resistência
o Coletivo CIATA em ação no ensino de química
Palabras clave:
educação,, química, Lei 10.639, Racismo, Movimento Negro, CIATA, LPEQIResumen
Apesar de sua superação nas teorias das ciências naturais, o conceito de raça, como atributo construído socialmente no tempo e no espaço, ainda funciona como parâmetro de atribuição de pessoas na estrutura social. As ações afirmativas surgem como estratégia de combate ao racismo e podem ser colocadas em prática em todas as áreas da sociedade civil, pois visam principalmente desfazer a estruturação social que direciona homens e mulheres negras para posições econômicas e simbólicas desfavorecidas. Este trabalho configura-se como uma ação afirmativa com o objetivo de discutir e refletir sobre a seguinte questão: como a educação para as relações étnico-raciais pode ser incluída na formação de professores de Química? Esta pesquisa foi construída sob a abordagem epistemológica da Afrocentricidade, na qual os povos da África e da diáspora devem ser o centro do estudo dos fenômenos sociais, portanto, protagonistas de sua própria história. O trabalho foi desenvolvido pelo viés da pesquisa-ação em dois ciclos em disciplinas planejadas e executadas pelo Coletivo CIATA. Os turnos de fala foram obtidos por meio de gravação em filme e, posteriormente, transcritos e analisados, em cada ciclo, por meio do referencial de análise de conversação. Nossos resultados mostram que planejar e executar uma aula de Química pensando no deslocamento epistêmico exigiu conhecimentos que foram suprimidos de nossa grade curricular na formação inicial, o que exigiu pesquisa e formação em serviço tanto dos alunos quanto do orientador.