Indicadores de Bem-estar para Povos Tradicionais (IBPT) e o Caso das Religiões de Matriz Africana e Umbanda no Brasil
Palabras clave:
povos tradicionais, indicadores, bem-estar, religiões de matriz africanaResumen
Este artigo faz uma análise, por meio das Ciências Humanas e Sociais, de como o bem-estar é produzido em territórios tradicionais que estão relacionados às religiões africanas e umbandistas. Para isso, apresenta e utiliza uma metodologia participativa denominada Indicadores de Bem-Estar para Povos Tradicionais (IBPT). O IBPT possui um arranjo de cinco grandes capacidades auto-enunciadas pelos povos tradicionais, que servem como marcadores de análise, sendo elas: Capacidade de Controle Coletivo do Território; Capacidade Autônoma de Gestão Cultural; Capacidade de Autonomia Alimentar; Capacidade de construir um ambiente tranquilo e capacidade de autocuidado e reprodução. Esta metodologia é utilizada para ajudar os povos tradicionais a visualizarem seu potencial e vulnerabilidades e encontrar soluções estratégicas para melhor gerenciá-los. Os resultados revelam os principais desafios e conquistas desses povos, através de um processo histórico de superação de preconceitos e afirmação da identidade sociocultural.