A formação social do quilombo-indígena Tiririca dos Crioulos:

contribuições ao estudo das resistências e das lutas decoloniais

Autores

  • Caroline Farias Leal Mendonça Universidade Federal de Pernambuco/Brasil caroline.mendonca@ufpe.br
  • Sandro Henrique Calheiros Lôbo Curso de Direito da Faculdade Cesmac do Sertão, Alagoas/Brasil. sandro.lobo@cesmac.edu.br

Palavras-chave:

quilombo-indígena, resistência, território, Tiririca dos Crioulos

Resumo

Este artigo busca apresentar, por meio da descrição etnográfica, o processo histórico e político de formação de uma comunidade rural, a Tiririca dos Crioulos, autoidentificada ‘quilombo-indígena’, no sertão do São Francisco, em Pernambuco, nordeste do Brasil. Do ponto de vista jurídico, a Carta Constitucional de 1988 define as categorias identitárias indígenas e quilombolas em sujeitos de direitos distintos. Todavia, a realidade empírica demonstra o quanto as formas de resistência à colonialidade do poder, tal como propõe Aníbal Quijano, são bem mais amplas e complexas: resultam em heterodoxias desafiadoras ao Estado colonial brasileiro confrontando poderes locais. Pensar quilombo-indígena como categoria local de resistência implica questionar as categorias jurídico-políticas coloniais. Ao mesmo tempo, parece desafiar à formulação de políticas públicas - incluindo nelas o reconhecimento territorial. Apoiados em Frantz Fanon e nas teorias decoloniais (Arturo Escobar; Rita Segato; Walter Mignolo) o texto objetiva contribuir para o debate antropológico acerca das mais variadas formas de resistências sustentadas pela pluralidade histórica e de luta partilhada para a defesa do território.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2023-08-24

Como Citar

Leal Mendonça, C. F., & Calheiros Lôbo, S. H. (2023). A formação social do quilombo-indígena Tiririca dos Crioulos:: contribuições ao estudo das resistências e das lutas decoloniais. Andes, 34(1), 90–125. Recuperado de http://170.210.203.22/index.php/Andes/article/view/4037