As figuras de barbante: simples passatempos ou textos de uma linguagem universal?
Palavras-chave:
jogos de corda, figuras de barbante, linguagem comum, prática milenarResumo
Este trabalho tenta esclarecer uma prática ancestral e milenar compartilhada pela grande maioria das sociedades através da tradição oral e que, ainda hoje, passando por séculos e obstáculos, continuam a desenvolver magistralmente povos originários de todo o mundo. A pesar de suas peculiaridades e mistérios, seus usos e encantos, as figuras de barbante foram percebidas pelas perspectivas europeias como um mero jogo espalhado entre os povos primitivos (Furness Jayne, 1906), entendimento que ainda persiste em muitas investigações atuais que continuam a enquadrar os “jogos de barbante” no campo da ludicidade, recreação e descontração. O objetivo, então, é entender completamente esta prática, atendendo às várias funções e caráter, muitas vezes sagrados, outras mágicas, que as comunidades vislumbraram nas figuras que emergiam de um nó atado em suas pontas.
Referências
Akers Johnson, A., (1996). String games from around the world. Londres, Inglaterra. Klutz.
Averkieva, J. & Sherman, M. (1992). Kwakiutl string figures. New York, USA. University of Washington Press.
BISFA (1995) Bulletin of the International String Figures Association (ISFA). Recuperado de: www.isfa.org
BISFA (2003) Bulletin of the International String Figures Association. (ISFA). Recuperado de: www.isfa.org
Boas, F. (1888). The Central Eskimo. Sexto informe anual del Departamento de Etnología del Instituto Smithsoniano. Whashington, USA. GovernmentPrinting Office.
Caillois R. (1986). Los juegos y los hombres. La máscara y el vértigo. Ciudad de México, México. Fondo de Cultura Económica.
Campbell, R. (1971). La herencia musical de Rapanui: etnomusicología de la Isla de Pascua. Santiago, Chile. Andrés Bello.
Cohen, J. (2000). String games: more than just child’s play. The New York Times. Recuperado de: www.nytimes.com/library/tech/00/02/circuits/articles/03revu.html
D’antoni, J. (2003). Mountain string figures. Bulletin of the International String Figure Association, Vol. 10, 63-77. California, USA.
Dickey, L. (1928). String figures from Hawaii. Bernice p. Bishop Museum. Hawaii, USA. Furness Jayne, C. (1962 [1906]). String figures and how to make them: A study of cat’s cradle in many lands. Nueva York, USA. Dover Publications Inc.
Hilando América. Organización no gubernamental (ONG). Recuperado de: https://www.facebook.com/hilandoamerica/about/?ref=page_internal
Kalani, A. (2012). Hei, hawaiian string figures: Hawaiian memory culture and mnemonic practice. Hülili Vol.8. Multidisciplinary Research on Hawaiian Well-Being.
Manookian, A. (1927). Honolulu Academy of Arts. Recuperado de: https://commons.wikimedia.org/w/index.php
Martínez Crovetto, R. (1970). Juegos de hilo de los aborígenes del norte de Patagonia. Revista Etnobiológica. Universidad Nacional del Nordeste. Facultad de Agronomía y Veterinaria. Corrientes, Argentina.
Matta Filho, I. (2018). Figuras de barbante: resgate histórico e sua utilização como recurso para a contação de histórias. 18° Congresso Nacional de Inciciação. CONIC SEMESP.
Montani, R. (2018). Imágenes indígenas del bosque chaqueño: Animales y plantas en el universo visual wichí. Caravelle [Online]. Recuperado de: http://journals.openedition.org/caravelle/2897
Probert, M. (1999). The origin of string figures. Recuperado de: http://mp.guineaflower.org/origin1.html
Rouse Ball, W. (1920). An introduction to string figures. Cambridge, Inglaterra. W. Heffer& Sons Ltd.
Stokes, L. (2001). String figures and shamanism. Aloha International. Recuperado de: https://www.huna.org/html/string.html
Titus, D. (2007). Native alaskan string figures. Oklahoma, USA. World Culture Series.
Vandendriessche E. (2015). String figures as mathematics? An anthropological approach to string figure-making in oral tradition societies. Paris, Francia. Springer International.
Van Tilburg, J. A. (1994). Easter Island: Archaeology, Ecology and Culture.
Vidaurrázaga, T. (2012). Kateretevaka. Kai Kairapanui. Amerika [Online]. Recuperado de: https://doi.org/10.4000/amerika.2988
Whan, C. (1998). Reru: Figuras em cordéis dos índios Karajá. Dissertação de mestrado em Antropologia da Arte. Rio de Janeiro, Brasil. Universidade Federal de Rio de Janeiro.


