Desafios para uma educação indígena não colonial no Amazonas, Brasil

Autores

  • Lino João de Oliveira-Neves Universidade Federal do Amazonas Departamento de Antropologia Amazonas; Brasil e mail: linojoaokaemo@gmail.com

Palavras-chave:

ensino superior indígena, educação intercultural, educação não colonial, povos indígenas na Amazônia brasileira, Alto Rio Negro, Amazonas

Resumo

O que difere a Licenciatura Indígena Políticas Educacionais e Desenvolvimento

Sustentável (Licen), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Brasil, de outras iniciativas de ensino de terceiro grau indígena é o fato de objetivar não apenas a formação de professores para atuarem em suas comunidades, mas, em primeiro lugar, a partir da articulação intercultural dos saberes indígenas e não indígenas, promover

discussões acerca das questões históricas e políticas contemporâneas que envolvem os povos indígenas inseridos no convívio com a sociedade nacional e, em particular, sobre estratégias etnopolíticas e projetos de ações que, a partir das necessidades coletivas das próprias comunidades indígenas, venham contribuir para o fortalecimento e vigor das suas culturas. Mais do que destacar sobre os resultados alcançados pela Licen, o objetivo deste artigo é refletir sobre as dificuldades e desafios, tanto internos da própria Ufam enquanto instituição formal de ensino superior e das políticas governamentais na área da Educação, como externos decorrentes de heranças de práticas educacionais historicamente impostas aos povos indígenas na região do alto rio Negro, Amazonas, que constituem impedimentos à implementação de uma educação indígena não colonial comprometida com os projetos de vida dos respetivos grupos étnicos.

Publicado

2024-07-29

Como Citar

João de Oliveira-Neves, L. (2024). Desafios para uma educação indígena não colonial no Amazonas, Brasil. Revista Del Cisen Tramas/Maepova, 4(2), 185–200. Recuperado de http://170.210.203.22/index.php/cisen/article/view/4401

Edição

Seção

Dossier