"Jaikuaa, nhanhembo’e, jaiko vy ojeupive”

A University Teaching Experience in Guarani Language

Authors

  • Alberto Alvares Universidade Federal Fluminense, Niterói, Brasil - e mail: albertotuparay@yahoo.com.br
  • Silvana Mendes Lima Universidade Federal Fluminense, Niterói, Brasil e mail: sm_lima@id.uff.br
  • Mariana Paladino Universidade Federal Fluminense, Niterói, Brasil e mail: marianapaladino@id.uff.br

Keywords:

Guarani language, culture and world view, learning, otherness, narrative

Abstract

In this article, we write about a Guarani language teaching experience conducted at the Universidad Federal Fluminense from 2013 to 2019. The project was initially born out of our desire to open up a space for knowledge and indigenous languages at university. It was also an attempt to contribute to the implementation of the 11.645/200 Act, which modifies the Guidelines and Foundations of National Education Act, and makes it compulsory the inclusion of subjects like Culture and History of Indigenous Peoples in the curricula of basic education schools in Brazil. We evaluated that the extension course that we had promoted surpassed formal linguistic issues and embraced aspects of Guarani culture and world view. Likewise, this course considerably influenced the pedagogical practices of those who took it, most of whom were teachers, in relation with indigenous issues. The methods used allowed for the encounter between participants and Guarani language learning through weekly lessons, workshops aimed at making craftworks, playing games, dancing and singing, showing films and making visits to Guarani villages. We believe that the value of the methodological path that we chose lied in the fact that we allowed ourselves to be influenced by difference, and at this intersection, we became different from who we actually are.

Author Biographies

Alberto Alvares, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Brasil - e mail: albertotuparay@yahoo.com.br

é mestre no Programa de Pós-Graduação em Cinema de Audiovisual na Universidade Federal Fluminense - PPGCINE. (Niterói – RJ - 2019). Cineasta indígena da etnia Guarani Nhandewa, nascido na aldeia Porto Lindo, Mato Grosso do Sul. É também professor e tradutor de Guarani. Mora no Rio de Janeiro desde 2010, período em que começou a se dedicar ao audiovisual como realizador e formador. Graduado em Licenciatura Intercultural para Educadores Indígenas, pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais.

Em 2018, realizou o fi lme “O último sonho” (60 minutos) que foi exibido no encontro Mekukradjá em 2019, no festival Doclisboa. Em 2019 foi convidado para participar e exibir o fi lme “Guardião das Memórias” (55 minutos) na 21ª Bienal de Arte Contemporânea. Atuou como um dos autores do programa especial da TV Globo: Falas da Terra, exibido em abril de 2021.

Silvana Mendes Lima, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Brasil e mail: sm_lima@id.uff.br

È Doutora em Ciências da Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz/RJ e Mestre em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ). É professora Associada III do Instituto de Psicologia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Integrante do CORPOREILABS: Laboratório de Subjetividade e Corporeidade (UFF/FAV/UFRJ/UFC). Integrante do Grupo Antropofagias Contemporâneas, uma proposta transdisciplinar e interinstitucional que busca promover o encontro entre diferentes comunidades acadêmicas dos campos da saúde, ciências humanas e arte com representantes dos saberes tradicionais e ancestrais, na busca de um diálogo sobre modos de viver na contemporaneidade. Coordena projetos de extensão e de pesquisa sobre temas relacionados à cultura e língua Guarani; juventudes e movimentos culturais periféricos; atua como supervisora clínica do Serviço de Psicologia Aplicada.

Mariana Paladino, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Brasil e mail: marianapaladino@id.uff.br

é Doutora e Mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGAS/MN/UFRJ). É professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF). Integrante do Programa de Educação Sobre Negros e Indígenas na Sociedade Brasileira (Penesbi/UFF). Coordena projetos de extensão e de pesquisa sobre temas relacionados à educação escolar indígena; juventude indígena; ações afi rmativas e educação superior. Entre outras publicações realizadas, é uma das autoras do livro “Quebrando preconceitos: repensando a cultura e a história dos povos indígenas na escola brasileira” (2013) e co-organizadora do livro “Ciências, Tecnologias, Artes e Povos Indígenas no Brasil: subsídios e debates a partir da Lei 11.648/2008” (2016).

References

Alvares, A. (2018). Da aldeia ao cinema: o encontro da imagem com a historia. [Teses de Licenciatura, Formagao Intercultural de Educadores Indígenas, Universidade Federal de Minas Gerais].

https://www.biblio.fae.ufmg.br/monografias/2018/TCC_Alberto-versao_final.pdf

Apple, M. W. (2006). A política do conhecimento oficial: faz sentido a ideia de um currículo nacional? En: A. F. Moreira & T. T. Silva, T. T. (Org.). Currículo, cultura esociedade (pp. 59-91). Sao Paulo: Cortez.

Benjamin, W. (1994). Magia e técnica, arte epolítica: ensaios sobre literatura e historia da cultura. Sao Paulo: Brasiliense.

Bergamaschi, M. A. (2012). Povos indígenas & educando. Porto Alegre: Mediado.

Bessa Freire, J. R. (2002). Cinco ideias equivocadas sobre os indios. Revista do Centro de Estudos do Comportamento Humano (CENESCH), (1), 17-33.

Collet, C, Paladino, M. e Russo, K. (2014). Quebrando preconceitos: subsídios para o ensino das culturas e historias dos povos indígenas. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria.

Chamorro, L. K. (2018). Nhemongarai. O batismo mbya guarani: os nomes e seus significados. [Teses de Licenciatura]. Formado Intercultural de Educadores Indígenas, Universidade Federal de Minas Gerais.

Conselho Indigenista Missionário (CIMI). (28 de abril de 2017). 280 mil indígenas Guarani vivem em quatro países da América do Sul, diz pesquisa que será apresentada hoje no ATL. https://cimi.org.br/2017/04/39488/

Eloy Amado, L. H. (2018). Povos indígenas e o Estado brasileiro: a luta por direitos em contexto de violares. Vukápanavo, (1), 174-188. Favret- Saada, J. (2005). Ser afetado. Cadernos de campo, (13), 155-161.

IBGE. (2010). Censo Demográfico 2010. https://indigenas.ibge.gov.br/.

Krenak, A. (2019). Ideias para adiar o fim do mundo. Sao Paulo: Companhia das Letras.

Luciano, G. (2006). O indio brasileiro: o que voce precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: MEC/Secad; LACED/ Museu Nacional.

Menezes, A. L. T. (2010). Educado Mito-Dan^a-Rito: as razoes dialógicas do conhecer Guarani. Currículo sem Fronteiras, (10), 147-159. Nobre, D. (2009). Uma pedagogía indígena guarani numa escola. Para que? Campinas: Curt Nimuendajú.

Pacheco De Oliveira, J. e Freire, C. A. Rocha. (2006). A presenta indígena na Formando do Brasil. Brasília: MEC/Secad; LACED/Museu Nacional. Paladino, M. e Czarny, G. (2012). Povos indígenas e escolariza^do. Discussoes para se repensar novas epistemes nas sociedades latino¬americanas. Rio de Janeiro: Garamond.

Russo, K. e Paladino, M. (2016). A lei n.11.645 e a visao dos professores do Rio de Janeiro sobre a temática indígena na escola. Revista Brasileira de Educando, 21(67), 897-921.

Silva, E. e Silva, M. D. P. (2013). A temática indígena na sala de aula: reflexoes para o ensino a partir da Lei 11.645/2008. Recife: UFPE. Souza, J. de. (2020). O Sentido das Artes/Artesanatos: O olhar das mulheres Guarani sobre os usos do artesanato e rituais. [Teses de Licenciatura]. Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlántica, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis.

Published

2023-11-30

How to Cite

Alvares, A., Mendes Lima, S., & Paladino, M. (2023). "Jaikuaa, nhanhembo’e, jaiko vy ojeupive”: A University Teaching Experience in Guarani Language. Revista Estudios De Lenguas - RELEN, 4(2), 58–73. Retrieved from http://170.210.203.22/index.php/Relen/article/view/4154